14 maio 2024
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Como as comunidades digitais podem transformar a presença online da sua marca?

Com interações autênticas e significativas, elas prometem superar a disputa pela atenção e alcançar maior engajamento



Tudo começa pela “Economia da Atenção”

Como você já deve ter percebido, a atenção humana é limitada: podemos focar conscientemente em uma quantidade muito pequena de informação por vez. Ao mesmo tempo, “rolar o feed” de forma contínua na tela do celular expõe os usuários a uma quantidade massiva de informações em um curto período de tempo, gerando uma sobrecarga que o cérebro não consegue processar.

Com o tempo, o hábito pode levar à dessensibilização, tornando as pessoas menos sensíveis às informações que consomem, mesmo que sejam significativas ou importantes. É nesse contexto que a atenção se tornou um dos recursos mais escassos e valiosos, especialmente em ambientes digitais.

Por um lado, o acesso a canais de comunicação nunca foi tão democrático. Por outro, nunca foi tão difícil se fazer ouvir, o que desafia diretamente todo trabalho de marketing no nosso século.

Como vencer esse obstáculo e alcançar seu público-alvo?

Para se destacarem na multidão, muitos criadores de conteúdo apostam em um tom mais sensacionalista ou polarizador, comprometendo a pluralidade de ideias e o pensamento crítico. A ênfase recai sobre a quantidade, não sobre a qualidade do conteúdo.

Por outro lado, em meio ao mar de postagens, as comunidades digitais vão na contramão dessa lógica e se destacam por promover um envolvimento único e mais significativo entre as marcas e seus públicos. Os resultados podem ser surpreendentes!

O que caracteriza uma comunidade digital?

Uma comunidade digital é um grupo de pessoas que se reúnem na internet em torno de interesses, objetivos ou identidades compartilhadas. Um encontro genuíno de afinidades, facilitado por uma variedade de plataformas e tecnologias, incluindo fóruns, redes sociais, aplicativos de mensagens e outros meios exclusivos. Para ser classificado como comunidade, esse grupo deve reunir as seguintes características:

1. Os membros de uma comunidade participam ativamente, com frequência

Eles não consomem o conteúdo de forma passiva, por sugestão do algoritmo. Eles acessam a comunidade regularmente porque colaboram com conteúdo de valor e apreciam as contribuições dos usuários.

2. Os membros de uma comunidade se reconhecem

As comunidades são construídas em torno de interesses e paixões compartilhados. Isso permite um relacionamento mais profundo e significativo entre os usuários, algo que vai além das interações superficiais típicas das redes sociais.

3. A experiência tem tanto valor que os membros de uma comunidade pagam para participar

Os membros de uma comunidade muitas vezes investem nela, seja com contribuições financeiras ou compartilhamento de dados pessoais valiosos com as marcas. Esse investimento é reflexo do alto valor que eles atribuem à experiência da comunidade.

Como uma comunidade pode fazer sua marca ser ouvida com mais facilidade?

  • Construção de relacionamentos reais: a interação dentro de comunidades tende a ser mais autêntica e significativa.
  • Criação de valor: em comunidades, o foco não está simplesmente em vender produtos, mas em gerar valor real para os membros.
  • Independência de algoritmos: comunidades são menos vulneráveis às mudanças de algoritmos das redes sociais, o que garante maior estabilidade na interação com o público.
  • Fomento à lealdade: o senso de pertencimento e a identificação com a comunidade estimulam a lealdade dos membros.

Alguns exemplos práticos e inspiradores de comunidades digitais 

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A Adobe construiu uma comunidade em torno de seus produtos de software criativo, oferecendo aos membros acesso a fóruns, tutoriais e a possibilidade de compartilhar seu próprio trabalho, além de receber feedback de outros criativos.

O Nubank criou uma comunidade forte chamada “NuCommunity”, onde os clientes podem discutir sobre finanças, compartilhar dicas, tirar dúvidas sobre produtos do Nubank e participar de eventos exclusivos. 

A Wine, um clube de assinatura de vinhos, construiu uma comunidade de apreciadores de vinho, oferecendo não apenas seleções personalizadas, mas também conteúdo educativo, degustações virtuais e eventos exclusivos para seus membros.

Pensando nesses exemplos, como sua marca pode criar valor para o público por meio de uma comunidade?

Lembre-se que você não precisa de uma plataforma exclusiva para começar. Recursos de comunidades no WhatsApp e grupos no Facebook são excelentes pontos de partida. Importante é escolher uma plataforma que ressoe com o seu público e onde ele já esteja ativo.